arvoremente
uma árvore está crescendo dentro
de mim, mesmo que eu queira, ainda seja, aquela pequena semente empacotada,
aquela amassada, no pacotinho ou no saco da casa agrícola. aquela, a que fica
no meio ou no fim mesmo da rua. aquela atrás, sempre esperando os nossos
sapatos sobrepostos sobre ela, aquecendo seus simples silenciosos salientes
soterrados paralelepípedos. sobretudo, o que eu quero, ou melhor, gostaria
ardentemente te dizer, recai igualmente, é: meu coração, ou, uma vez, zona
atrapalhada atravessada arrebatada alvoroçada a esperar, ardentemente tenaz,
zarpando ou, unicamente temerosamente mais, sobre este estágio orgulhoso e
fechado ou, urbanamente, esquecido, que és estátua majestosa sobretudo, ou mais
sinceramente, és sábia majestosa, a por deus esculturada, a mais confusa dor do
dia, a mais silenciosa dor recaindo dolentemente, teoricamente… teoria que eu
não ouso obliterar. rapidamente estás sentenciando que eu não sei imprimir
ruprestemente em meu único órgão ou membro, o qual, lentamente, é tatuado ou
marcado orgulhosamente em carne. eu vivo em carne, eu vivo ouvindo o seu único,
o seu úmido, o seu tímido orgulho orgástico orgânico coração.
(Jac. 13/03/13)