as mãos de uma mulher
são como bailarinas
dançam, bailam, irrompem o ar
delicadamente finas
as mãos de uma mulher
são borboletas voltejantes
flanam, flutuam, pousam sobre o ar
sorrateiramente provocantes
as mãos de uma mulher
são as patas de uma aranha
que se movimentam lentamente
sobre uma teia estranha
as mãos de uma mulher
são frágeis colibris
obcecadas voam celeramente
nas batentes das janelas que abris
as mãos de uma mulher
são cântaros fundos
cheios de grãos de areia
escorrendo entre meus dedos fecundos
as mãos de uma mulher
são a batuta que rege a orquestra
desordenada e melancólica
da vida que não me resta.
[Lisboa 01/08/2012]
são como bailarinas
dançam, bailam, irrompem o ar
delicadamente finas
as mãos de uma mulher
são borboletas voltejantes
flanam, flutuam, pousam sobre o ar
sorrateiramente provocantes
as mãos de uma mulher
são as patas de uma aranha
que se movimentam lentamente
sobre uma teia estranha
as mãos de uma mulher
são frágeis colibris
obcecadas voam celeramente
nas batentes das janelas que abris
as mãos de uma mulher
são cântaros fundos
cheios de grãos de areia
escorrendo entre meus dedos fecundos
as mãos de uma mulher
são a batuta que rege a orquestra
desordenada e melancólica
da vida que não me resta.
[Lisboa 01/08/2012]
Nenhum comentário:
Postar um comentário